A BYD deu o primeiro passo para a construção de sua nova fábrica em Camaçari (BA) nesta terça-feira (5). Com um investimento robusto de R$ 3 bilhões, o complexo fabril será erguido do zero em uma área anteriormente ocupada pela Ford.
A marca chinesa confirmou que, inicialmente, quatro veículos serão produzidos nas linhas de montagem brasileiras: os elétricos Dolphin Mini, Dolphin e Yuan Plus, além do SUV híbrido Song Plus — este último já com motorização flex.
Investimentos e geração de empregos
A BYD anunciou o pagamento de cerca de R$ 290 milhões ao governo da Bahia pela aquisição do complexo de 4,6 milhões de m² de área total.
Estima-se que a instalação da fábrica criará aproximadamente 10 mil empregos diretos e indiretos.
A negociação com o governo baiano inclui a possível operação do Porto de Aratu, vinculado ao complexo, para otimização logística.
Previsões e plano de nacionalização
Inicialmente, até o último trimestre de 2024, os carros serão montados no Brasil com peças importadas da China.
A partir de 2025, a BYD iniciará a produção efetiva dos automóveis localmente, dando início ao processo de nacionalização.
Este plano tem uma projeção de cinco anos, visando atingir um índice de 70% de insumos nacionais, incluindo até mesmo as baterias de lítio.
Estrutura e fomento à economia local
Na primeira etapa das obras, estão previstas 26 novas instalações, abrangendo galpões de produção, pista de testes e outras estruturas, ocupando uma área de cerca de 1 milhão de m². As instalações antigas do complexo serão destinadas a fornecedores que contribuirão para a produção de partes e peças dos novos veículos.
A BYD tem planos de fortalecer e consolidar a economia local, incluindo a formação de um grupo de fornecedores para atender às futuras demandas da fábrica.
Será estabelecido um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, com o objetivo de desenvolver tecnologia para um motor híbrido flex, combinando etanol com o motor elétrico que equipará o Song Plus a partir do próximo ano.
Em resumo, a chegada da BYD ao Brasil promete não apenas uma nova opção de veículos, mas também oportunidades de emprego e desenvolvimento tecnológico, contribuindo significativamente para o mercado automobilístico nacional.